segunda-feira, 1 de abril de 2013

Zé Reinaldo diz que pesquisa ‘não quer dizer muita coisa’ e alerta: ‘o Flávio precisa se consolidar como liderança política’


Em entrevista ao programa do jornalista Chico Viana, na TV Guará (líder de audiência e sucesso no horário das 18h às 19h), o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) fez uma análise abrangente de vários pontos que dominam a pauta atual da política maranhense. Dos temas abordados pelo socialista, Reinaldo falou inicialmente sobre a possível candidatura da governadora Roseana Sarney ao Senado Federal.

José Reinaldo   Tavares
Caso dispute mesmo uma vaga no Congresso, Roseana terá que se desincompatibilizar até abril de 2014. De acordo com o ex-governador, Roseana certamente será candidata a senador, a fim de substituir o pai, José Sarney, que, segundo o principal opositor da mais antiga oligarquia que ainda sobrevive no país, não consegue mais se eleger.
“O Sarney queria se reeleger senador e voltar à presidência do Senado dois anos depois. No entanto, ele não consegue mais se eleger nem no Amapá e nem mais aqui no Maranhão. Portanto, não admite concorrer e perder. Então, a Roseana para defender os interesses econômicos da família deve disputar um posto no Senado e tem reais chances de vencer”, avaliou José Reinaldo.
Em recente entrevista (veja aquia governadora declarou que o povo vai decidir seu futuro político a partir de abril de 2014. No caso de se concretizar a desincompatibilização de Roseana, Chico Viana indagou como seria a ordem de sucessão e os prováveis nomes que poderiam assumir o governo no lugar da mandatária. Na resposta, José Reinaldo ressaltou que o grupo Sarney não tem confiança no vice-governador Washington Luiz (PT) e muito menos no presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo (PMDB).

“Eles não confiam em deixar o Washington no comando do Estado, que inclusive já foi convencido a ir para o TCE, pois seria um perigo o PT no governo, poderiam bater o pé e colocar novos secretários do partido. Também não o Arnaldo,  sendo assim o nome que eles devem trabalhar para o lugar de Roseana é o do deputado Max Barros, vice-presidente da Assembleia”, disse o ex-governador, ao frisar que a governadora não conseguiu ‘preparar’ sua saída.
Lobão e Luís Fernando - Questionado sobre o nome do grupo Sarney que enfrentará o presidente da Embratur, Flávio Dino na batalha pelo governo do estado no ano que vem, José Reinaldo revelou que o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão é o nome preferido do senador José Sarney.
“Mesmo ele [Lobão] sendo castigado, hostilizado pelo governo, ele é o nome do Sarney. Teve mais voto que Roseana em 2010 e se tiver saúde, é o candidato”, afirmou Reinaldo, ao ressaltar que o senador João Alberto seria a segunda opção do ex-presidente do Senado.
“O João tem mais trânsito com a classe política do que o Luís Fernando (secretário de Infraestrutura), que é o querido de Jorge Murad e Roseana”, acrescentou.
Pesquisa - Convocado pelo apresentador a dar sua opinião sobre as pesquisas de intenção de votos que colocam o presidente da Embratur, Flávio Dino na liderança absoluta com larga vantagem sobre os adversários, José Reinaldo avaliou que isso ‘não quer dizer muita coisa’. “Em 2006 a Roseana tinha 72% e o Jackson Lago apenas 18% e no final este saiu vencedor”, ponderou ele ao jornalista Chico Viana.
De acordo com o ex-governador, uma falha que urge ser corrigida é que Dino ainda não se consolidou como liderança política no estado.
“O Flávio encarna o sentimento de renovação e mudança. Não obstante, entendo que ele precisa se aproximar mais da classe política, vejo que o discurso não é o mais importante, é necessário mais que isso, um programa de governo consistente, competitivo, que conquiste a sociedade e seja discutido o texto com ela”, alertou.
Partidos - No que concerne aos partidos do campo democrático e popular que compõem o arco de aliança oposicionista, Zé Reinaldo declarou que o PDT já está integrado à candidatura de Flávio Dino. “O PDT, nas figuras do deputado Weverton Rocha e da Clay Lago, estão fechados com a oposição. Já o PSB e o PPS estão condicionados a candidatura presidencial do governador de Pernambuco Eduardo Campos, pois ele precisa ter um palanque aqui. Contanto, estas duas siglas tem um histórico na oposição”.

No que concerne ao PSDB, Zé defendeu um melhor tratamento por parte da oposição a uma das principais, conforme ele, figuras do tucanato maranhense. “O Castelo tem que ser tratado com carinho, ele tem toda uma história ao lado da oposição, em 2006 teve um papel importantíssimo. Da mesma forma também a deputada Eliziane Gama, o ex-prefeito Tadeu Palácio e outros atores importantes”, sustentou.
Ex-secretário de governo castelista, José Reinaldo, que revelou ser candidato em 2014 sem ter definido ainda a que cargo, também não deixou de pontuar críticas a João Castelo. “O Castelo perdeu a eleição porque não escuta opiniões”, disparou, após enfatizar seu bom relacionamento e de respeito com o ex-prefeito de São Luís.
Fonte: Blog do Jonh Cutrim

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